Lei do Mínimo

Lei do Mínimo

Um dos pilares para

Nutrição de Plantas

A Lei do Mínimo – ou Lei de Liebig – foi criada pelo químico Justus von Liebig e proposta pela primeira vez em um livro há quase dois séculos. Esta lei se tornou uma prática agrícola que é amplamente utilizada e é um dos conceitos mais importantes quando se trata de nutrição de plantas.

Existem 17 elementos que são essenciais para o pleno desenvolvimento das plantas: Carbono, Hidrogênio, Oxigênio – fornecidos pelo ar atmosférico –, Nitrogênio, Fósforo, Potássio, Cálcio, Magnésio, Enxofre (macronutrientes), Manganês, Boro, Zinco, Molibdênio, Cobre, Ferro, Níquel e Cloro (micronutrientes) – fornecidos exclusivamente pelo solo para absorção radicular. Com isso, foi constatado que as culturas demandam uma quantidade mínima de tais elementos para produzirem. Em resumo, essa é a Lei do Mínimo, que diz:

“O rendimento de uma colheita é limitado pela ausência de qualquer um dos nutrientes essenciais, mesmo que todos os demais estejam disponíveis em quantidades adequadas, onde o excesso de um nutriente não supre a falta de outro.”

Ou seja, a produtividade de uma determinada cultura irá depender diretamente do equilíbrio nutritivo do solo e, portanto, de que todos os nutrientes essenciais estejam prontamente disponíveis e em quantidades mínimas que garantam seu pleno desenvolvimento, sendo que se algum destes nutrientes estiver abaixo do exigido pela cultura, os outros que estiverem dentro de suas quantidades adequadas não serão capazes de substituir o que está em deficiência, e este limitará a produção.

A Lei do Mínimo é análoga a um barril – o barril de Liebig (imagem abaixo) – que possui ripas de tamanhos desiguais. Se enchermos o barril com água, concluímos que a capacidade de armazenamento (produção da planta) será limitada pela ripa mais curta (nutriente ausente ou deficiente). Ajustando essa analogia à prática no campo, temos em resumo que o crescimento das plantas será limitado pelo nutriente em menor quantidade no solo em relação à demanda da planta.

Esse conceito aplicado na prática nos direciona à compreensão de que é necessário que haja equilíbrio de macros e micronutrientes dentro dos programas nutricionais das culturas para suprir as deficiências em fertilidade que a maioria dos solos brasileiros apresenta, e nos indica o foco para onde devemos direcionar os investimentos.

Para maior assertividade no emprego deste importante conceito à realidade das plantações, faz-se necessário conhecer as necessidades da cultura e as deficiências nutricionais do solo através de uma análise química, para que seja possível corrigir, fornecer e repor o que a planta demanda, sem sub ou superestimar a quantidade de nutrientes, garantindo altas produtividades e mantendo a viabilidade econômica da cultura.